O Poder da Música
Por Iago Ferraz Wild (Puck)
Por Iago Ferraz Wild (Puck)
Algo que eu percebo cada vez mais e que ainda quero falar muito sobre é o potencial das canções, letras e melodias. Como uma das mais perfeitas manifestações artísticas conhecidas por nós, a relação da música com a magia e espiritualidade já se torna incontestável, afinal, toda arte é por si um ato de magia, bem como a própria magia é uma arte, ou como costumamos chamar algumas vezes, a Arte. A Arte!
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Minha intenção agora não é falar sobre o uso cerimonial da música, da sua sacralidade, do poder dos cantos e hinos mágicos, da sua potencialização e nem de outras coisas que a maioria está careca de saber, mas sim de uma das influências da música que de tão óbvia, acaba sendo ignorada ou não percebida. Estou falando da música dentro da Lei da Atração.
Por definição, música é uma manifestação artística originada da combinação e arranjo de sons e ritmos. Entretanto, estou usando esse termo para tudo o que chamamos de música e canção, incluindo as letras -ou não- e as emoções contidas na letra ou unicamente na melodia. Vamos definir agora o que seria a chamada Lei da Atração.
Pessoalmente, interpreto o conceito de "Lei da Atração" como uma expressão, pois não me familiarizo com a ideia de "lei". Resumindo muito, essa ideia consiste na crença de que vibrações atraem vibrações semelhantes, energias atraem energias semelhantes, ações atraem consequências semelhantes e assim por diante. Essa lei pode se relacionar com vários conceitos como Karma, lei tríplice, e principalmente a força e influência do pessimismo e otimismo e dos conceitos de positividade e negatividade.
Sintetizando mais uma vez, positividade e otimismo atraem coisas positivas. Em contra partida, a negatividade e o pessimismo atraem o oposto. Nossos pensamentos têm muito poder em tal aspecto, e nossas palavras também. A eficácia de um feitiço, por exemplo, depende muito da nossa fé quanto ao trabalho mágico, ou seja, se acreditamos que ele vai funcionar ou se o conjuramos já desesperançosos.
Essa ideia também nos influencia psicologicamente e fisicamente, pois o negativismo e positivismo estão intimamente ligados ao nosso estado de autoestima, poder pessoal, personalidade, autoconfiança, esperança e assim por diante.
Estão se tornando comuns estudos que tentam provar que plantas e outras matérias orgânicas reagem positivamente/negativamente ao serem expostas à palavras com conotações positivas/negativas. Esses estudos dão abertura passa nosso tema pois uma forma de obter resultados dos vegetais é expô-los à músicas tristes, felizes, animadas e etc.
A música naturalmente expressa um poder mágico e energético intenso, de forma com que também seja intensa a sua ação dentro da Lei da Atração. Se ao dizer demasiadamente coisas como "estou tão triste, parece que as coisas nunca vão melhorar" estamos atraindo vibrações semelhantes, imagine o que uma música triste pode fazer! Imagine o que ouvir uma música melancólica dia após dia e cantá-la ao Universo dia após dia pode atrair.
O papel das manifestações artísticas com conotações trágicas e emocionalmente negativas é muito importante, tanto para desabafo do artista quanto para uma forma de um indivíduo em sofrimento não se sentir sozinho com sua dor. Da mesma forma, em nossos momentos de ira e tristeza é importante desabafar com os amigos, familiares, animais, plantas, deidades, consigo mesmo ou seja lá com o que ou quem for. A sútil diferença torna-se perceptível quando averiguamos que no segundo caso o ato de transmitir e ouvir essas emoções é penoso, enquanto no primeiro é algo prazeroso que se torna um gosto e um hobbie. Muitas vezes se acaba caracterizando um estilo.
O perigo começa quando a música negativa, ou seja, aquela que possui o "feio" não estético deixa de ser um refugio e vira um prazer, uma música favorita ou infelizmente, a nossa música. Se você acredita no poder da atração é fácil entender que músicas positivas (as quais falam de amor, autoconfiança, felicidade, amizade e outras coisas agradáveis) podem fazer muito bem para nosso self até nos momentos difíceis e que por mais que amemos as canções sobre amores perdidos insuperáveis, vidas desgraçadas, solidão e tristeza, evitá-las é um sacrifício enriquecedor e imensamente necessário dependendo da nossa condição emocional.
Muitas vezes, sem que percebamos, a música é uma fonte inspiradora que pode colocar awen em nossas almas ao mesmo tempo em que pode envenena-la.
As influências da energia musical não param no âmbito duo do positivo x negativo, mas apresentam uma enorme gama de oportunidades e perigos. Podemos escutar músicas animadas para afastar a preguiça, música calma para repelir a ira, músicas que alimentem o ego para aumentar nossa confiança, músicas que tratem de nossa fé para nos acolher e assim por diante. Assim como escolhemos determinadas cores e símbolos para ajudar-nos em determinados fins, podemos usar a música e a magia musical da mesma forma!
As influências da energia musical não param no âmbito duo do positivo x negativo, mas apresentam uma enorme gama de oportunidades e perigos. Podemos escutar músicas animadas para afastar a preguiça, música calma para repelir a ira, músicas que alimentem o ego para aumentar nossa confiança, músicas que tratem de nossa fé para nos acolher e assim por diante. Assim como escolhemos determinadas cores e símbolos para ajudar-nos em determinados fins, podemos usar a música e a magia musical da mesma forma!
Concluindo o presente texto, gostaria de falar de mais uma forma de influência musical que é muito mais percebida do que o potencial de atração, mas ainda é um objeto interessante para estudo e reflexão.
Vivemos em uma sociedade que muitas vezes não é a que nós, seguidores dos Antigos Caminhos, idealiza.
Fazemos parte dela, e assim, sua música faz parte de nós. Isso pode ser bom enquanto a música, chamemos aqui de mundana, fala muito de amor, de alegria, de amizade e das diversas coisas que constituem nossa felicidade. Mas não devemos esquecer as tradições dos nossos Caminhos.
As antigas canções, melodias, instrumentos e estilos musicais que se originaram nos Antigos Tempos podem ser, e geralmente são, parte importante do nosso crescimento espiritual, da nossa conexão com a Terra e com o Universo e da famosa sensação de voltar pra casa, de ouvir o chamado, de andar de mãos dadas com os Antigos. Faz sentido pensar que a música dos tempos mágicos atrai magia.
Como humanos modernos não somos obrigados a escapar do rock, do funk, do sertanejo, do pop ou de qualquer outra estilo (lembrando que podemos encontrar magia e poder em todos!), mas assim como não esquecemos os velhos contos ao lermos livros atuais, não devemos esquecer a magia e poder da Antiga Música, venha ela até nós através de harpas e flautas celtas, tambores xamãs, cânticos folclóricos, chocalhos rituais e outros milhares de sons mágicos que os Deuses nos deram.
Nosso papel como bons filhos, mesmo em outro contexto, é não abandonar e impedir que as antigas artes e tradições se percam, fazendo parte disso um maravilhoso tesouro que devemos proteger e apreciar: a música!
Texto de Iago Ferraz Wild (Puck)- Gruta do Bardo.
Earth Warrior, do grupo Omnia. Música que tem me inspirado ultimamente e servindo de trilha sonora para minha felicidade e meus objetivos para com a Mãe.
Iago, que texto maravilhoso! Fiquei muito feliz por seu primeiro post ser sobre música! Afinal de contas, é o que me move... seja ela feliz ou triste! E eu concordo com o que você disse... Eu tive uma época na vida que era muito triste... E só ouvia músicas tristes, e esse estilo acabou se tornando o meu preferido. E, curiosamente, esse estilo não tem mais estado presente no meu dia-a-dia, depois que voltei a estudar Bruxaria, e praticá-la também... Ritmos e músicas mais alegres, e, coincidentemente, mais ligados à Arte, têm tomado conta do meu dia-a-dia... E sabe o mais engraçado? Mesmo nessas fases tristes eu já os conhecia... E meu amigos diziam pra mim "Mari, essas músicas são a sua cara!" Então, sim, mais do que nunca, eu concordo que os Antigos querem que a gente volte a ouvir músicas alegres porque eles também o são! Amei seu texto! Parabéns, perfeito como sempre <3 Beijocas!
ResponderExcluirOi, Mariana! Obrigado!
ResponderExcluirMúsica também é algo que me move absurdamente e foi assim que eu percebi essas coisas, pq eu vivi tudo isso. Por exemplo, comecei a ser fã de Simple Plan só pq era legal e por causa de "Welcome to my life" que tocava em todo lugar... Mas se passaram alguns meses e eu percebi que me identificava com todas aquelas músicas... Colocava elas no perfil do orkut kkkkkk Claro, muitas vezes eu me identificava por relacionar pequenos problemas de adolescente com aquela tragedia toda, mas seriam problemas que eu poderia apenas ignorar. Quando eu tava feliz e escutava uma música aquilo me dava prazer, mas lembrava varias coisas ruins e cada vez mais eu me identificava com tudo, pq certas coisas começaram a acontecer na minha vida. E então eu percebi isso e aos poucos Forfun me salvou hahahahaha Esse é só um exemplo, varias coisas assim ja aconteceram comigo. Escuto musicas tristes ate hoje, Nightwish por exemplo é uma das minhas bandas favoritas e tem muitas letras melancolicas, mas claro, agora tento perceber a dor e beleza que a música passa ao inves de usá-la para me entreter e nao deixo que se tornem os hinos da minha vida. Me satisfaço mas escutando o lado bom e agradável da vida, sem ignorar o lado triste e ruim, o que não significa atraí-lo e apreciá-lo.
Quanto as músicas das nossas tradições, elas sempre estiveram na minha mistura musical. Lembro que quando eu era criança, não tinha ideia de como se chamavam essas musicas de filmes fantasticos e antigos, e ai eu procurava no google "musica medieval" hahahaha
Quando me sinto afastado da minha fé ou um pouco triste, é só alguem me ligar que
começo a ter esperança e inspiração de novo, afinal, meu toque é "The King of the Fairies". <3
Seu texto ficou muito bom, Iago, de verdade! Música é lei do Universo!
ResponderExcluirObrigado ^^ E concordo com a segunda colocação!
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